Com as chuvas intensas desafiando a infraestrutura urbana, a Prefeitura de Campo Grande redobra os esforços para conter os alagamentos em áreas críticas da cidade. A prefeita Adriane Lopes e o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli acompanharam nesta quarta-feira o trabalho das equipes municipais que trabalham incansavelmente para identificar e remediar os principais pontos considerados mais vulneráveis. O recente mapeamento realizado pela Secretaria revelou 15 locais mais propensos, demandando monitoramento constante e intervenções emergenciais. Com ações ágeis, a administração municipal busca assegurar a segurança e a mobilidade dos cidadãos diante dos desafios impostos pelo período chuvoso.
Desde ontem, equipes da Sisep e DefesaCivil Municipal trabalham emergencialmente para garantir a trafegabilidade das ruas e avenidas. Entre elas está a Rua Catiguá, onde estão sendo executadas obras para evitar que a água fique represada na ponte sobre o córrego Bálsamo.
Nos últimos anos, a Sisep fez o mapeamento e identificou os locais com riscos de alagamentos e inundações, e esses pontos são monitorados constantemente, ao passo que a Prefeitura busca soluções e realiza ações emergenciais.
As equipes da Prefeitura agiram rápido e ontem mesmo começaram a trabalhar na solução do problema de alagamentos na Rua Catiguá, na região do Jardim Canguru, e na Rua Conde de São Joaquim, no Jardim Itatiaia. “Na Rua Catiguá, o problema é reflexo de acúmulo de lixo que a própria população jogou e acabou entupindo a saída de água e a terra entupindo as bocas de lobo e consequentemente a água não tem por onde sair”, explicou o secretário Marcelo Miglioli.
Para solucionar o problema, a Sisep executou obra de drenagem, limpando o canal por onde a água da chuva corre em direção ao córrego Bálsamo, controle da erosão e limpeza das bocas de lobo tanto na Rua Catiguá quanto nas vias próximas, como a Rua Betoia. O trabalho começou na tarde dessa terça-feira e prosseguiu nesta quarta-feira.
Na Rua Conde de São Joaquim, assim que foi possível, a equipe da Sisep iniciou o trabalho de controle da valeta aberta pela enxurrada – que fez com que muitos carros atolassem. Assim que a chuva parar, serão iniciadas obras de reparos e manutenção da via.
Ação planejada
Em um rápido esclarecimento, por meio da imprensa local, das ações emergenciais realizadas pela Prefeitura, a prefeita Adriane Lopes e o secretário Marcelo Miglioli destacaram que o Município atua com planejamento para atacar os problemas, buscando a resolutividade com maior rapidez possível. “Abril não é um mês com incidência de chuvas como estamos tendo, são 20 dias de chuvas frequentes, o solo está molhado, temos 33 córregos que permeiam a cidade e trazem pontos críticos de alagamentos, e estamos observando e fiscalizando diariamente esses pontos para que possamos trazer as soluções”, disse a chefe do Executivo Municipal.
“O primeiro passo para resolver um problema de engenharia é saber qual o problema que você está enfrentando. E as ações mostram que a Prefeitura de Campo Grande hoje tem conhecimento de todos os problemas, é o ponto de partida, agora estamos buscando as soluções. É óbvio que gostaríamos de ter condições de resolver tudo ao mesmo tempo, mas não temos condições, então o que estamos fazendo hoje é resolver os problemas mais críticos, aqueles que são possíveis”, ponderou Miglioli.
A Prefeita destacou que foi com planejamento a partir do levantamento dos problemas que a Prefeitura executou obras importantes que acabaram com problemas de alagamentos que atormentavam moradores de alguns pontos críticos. É o caso da região do Shopping Campo Grande, na Via Park com a Avenida Afonso Pena. Toda vez que chovia forte, o córrego transbordava e a água tomava conta das avenidas, impedindo o tráfego. “A bacia de amortecimento que fizemos nos altos da Avenida Mato Grosso foi importante para não termos mais alagamentos na região do Shopping”, comentou.
Outra intervenção importante citada para a solução do problema foi executada em março, a limpeza do canal do córrego Prosa. “Fizemos a limpeza recentemente, que foi uma solução rápida, porque há muitos anos não se fazia a limpeza e isso era um problema sério”, disse ela.
Durante o monitoramento dos pontos críticos feito pela Prefeitura, na última chuva antes da obra executada no final da primeira quinzena de março, a água quase vazou na entrada do canal coberto do córrego, no trecho entre a Via Park e após a Avenida Afonso Pena, na região da Praça das Águas. “Monitoramos ontem e no pico da chuva a água fluiu tranquilamente”, disse Marcelo Miglioli.
Sobre a Avenida Rachid Neder com a Avenida Ernesto Geisel, um dos pontos mais críticos de alagamentos em Campo Grande, Adriane Lopes disse que a administração municipal já fez um estudo do que pode ser feito. “Primeiro que seria uma obra com um custo muito alto, que ultrapassa em muito os R$ 100 milhões. Qual a solução daquele problema pontual? Quebrar tudo e fazer de novo pois não houve o planejamento da urbanização alinhada a drenagem naquela região. A solução viável seria a construção de bacias de contenção ao longo das vias nos bairros, para que a água não chegue naquela região com o impacto que tem chegado. A cidade cresceu, as vias foram pavimentadas, novas construções de condomínios e casas e isso traz reflexos. Quando foi construída a Rachid Neder, não tínhamos a urbanização que temos naquela região, então é o impacto do crescimento da cidade”.
A maior preocupação hoje do Município está na urgência de enfrentar os desafios impostos pela resiliência climática, buscando respostas mais ágeis e eficientes diante das situações de emergência, finalizou a Prefeita.