Primeiro ente subnacional da América Latina e Caribe a aderir à Campanha Race to Zero de neutralizar emissões líquidas de carbono até 2050, o Governo de Minas apresentou as ferramentas utilizadas no cumprimento das metas durante o 3° Encontro Nacional dos Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), em Belém (PA).
Organizado por uma entidade global com mais de 2,5 mil governos locais e regionais em 125 países, o evento está promovendo a troca de experiências entre as cidades brasileiras, propondo caminhos rumo ao desenvolvimento urbano sustentável. O tema deste ano foi “Protagonismo dos Governos Locais e Regionais na Agenda Climática”.
“Para conseguir atingir o objetivo, nós temos que buscar incentivar a redução de emissões e o aumento do estoque de carbono, além de proporcionar um contexto socioeconômico no estado para que o setor produtivo também consiga fazer o mesmo”, pontuou Renata Maria de Araújo, superintendente de Qualidade Ambiental e Mudanças Climáticas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Ela participou de um painel sobre as estratégias e desafios enfrentados pelos estados brasileiros na promoção de medidas integradas de sustentabilidade, nesta quarta-feira (17/4).
Ferramentas
Uma das importantes medidas do Governo de Minas foi a atualização do 4° Inventário Estadual de Emissões e Remoção Antrópica de Gases de Efeito Estufa (GEE), elaborado em parceria com o ICLEI e a CDP Latin America. O inventário proporciona um diagnóstico para identificar quem são os principais atores emissores de GEE e quais são os gases emitidos.
Atualmente, Minas está na 3ª fase do cumprimento de metas do Race To Zero, que tem como objetivo monitorar a evolução da implementação das 199 metas do Plano Estadual de Ação Climática (PLAC).
Para isso, o Estado vai contar com a calculadora Mensuração/Monitoramento, Relato e Verificação (MRV) Climático. A ferramenta mostra a evolução na trajetória de mitigação dos GEE, além de auxiliar no monitoramento e aumento da resiliência territorial em face a eventos climáticos extremos.
“Esse é o cerne da política pública na agenda climática, não adianta só tratar do eixo da mitigação se também não pensarmos em um território mais resiliente para evitar as perdas econômicas e sociais, levando em conta os eventos climáticos extremos, os desconfortos térmicos, a população em situação de rua, as comunidades em áreas de risco, entre outras condições”, finalizou Renata.