O diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Marcus Alves, participou essa semana, em São Paulo, de reuniões na Maurício de Souza Produções e organização internacional Stand With Us Brasil, além de visitar a Spcine. Ele foi apresentar e desenvolver projetos para o município e, dentro desses compromissos, visitou o 19º Salão de Artesanato, realizado no Pavilhão da Bienal, onde conversou com artesãs que participam de programas de artesanato da Paraíba, sobretudo, com o projeto Sereias da Penha, associado à Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb).
“Nós sempre acolhemos o projeto Sereias da Penha em algumas das nossas ações. Fiquei muito satisfeito com o que observei, com a qualidade do nosso artesanato que está sendo desenvolvido em João Pessoa e na Paraíba. É um artesanato de qualidade técnica e artística e que revela, principalmente, elementos da nossa identidade cultural, que tem uma potencialidade de mercado muito grande”, observou o diretor.
Ele contou que pode conversar com vários artesãos da Paraíba que estão no Salão. “O grau de satisfação deles é muito grande. Por isso, aproveito para parabenizar a todos e desejar um trabalho frutífero. Sobretudo, também, abraçar, acolher e parabenizar o trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado junto aos nossos artesãos, e às Sereias da Penha, que têm se destacado no conjunto de todo esse processo”, acrescentou.
Artesanato – Durante o Salão de Artesanato, as peças confeccionadas por paraibanas têm encantado os visitantes. No local ocorre exposição e venda de peças artesanais até este domingo (25). Lá, as artesãs da Paraíba encontraram uma oportunidade de mostrar seus talentos e a beleza de suas produções.
Maria Fialho, do Ateliê Maria Fialho, trabalha com renda filé e afirma que a aceitação do público à sua produção está muito boa. “É muito maravilhoso poder expor minhas peças. É uma oportunidade de ser reconhecida”, ressaltou a artesã, que confeccionou todo o material exposto em seu estande.
Ela conta que aprendeu a manusear a renda filé desde os cinco anos de idade e, a partir de 2016, esta tem sido sua única fonte de renda. “Meu sonho é fazer algo diferente, formar um grupo de mulheres com fibromialgia, porque o artesanato acaba funcionando como uma terapia”, destacou.
À frente da Associação Sereias da Penha, a artesã Aline Gouveia também comemora o fato de contar com um espaço com tamanho alcance para mostrar a beleza das peças desenvolvidas por ela e sua equipe. Todos os objetos, entre eles colares, peças de vestuário, luminárias e brincos, têm as escamas de peixe como principal matéria-prima. “Nós estamos no Top 100, ou seja, entre os 100 melhores do Brasil”, comemorou.
Numa análise do evento, que teve início na quarta-feira (21), Aline garante que está sendo excelente. “É uma oportunidade muito boa porque o artesanato enche os olhos de quem vê. Nossas peças são diferenciadas, pois fazemos o crochê no fio de cobre, uma biojoia. Toda a criação é nossa e as pessoas ficam encantadas em saber que a matéria-prima é a escama de peixe”, comentou.
O trabalho das artesãs que integram o projeto Sereias da Penha teve destaque a partir de 2014, quando o projeto foi criado. Desde o início, a iniciativa conta com o apoio da Prefeitura de João Pessoa.