Agregar valor aos produtos. Essa é a premissa básica para qualquer lugar que esteja em momento de desenvolvimento econômico, seja no Brasil, Ásia ou Europa. Em Mato Grosso do Sul, esse momento acontece agora, com a agroindustrialização a pleno vapor, gerando oportunidades diversas de emprego, renda e avanço social para o Estado.
Esse panorama regional foi destacado pelo governador Eduardo Riedel nesta tarde de quarta-feira (3) em Brasília (DF), durante o lançamento pelo Governo Federal do Plano Safra 2024/2025. Riedel foi um dos convidados por causa da vocação sul-mato-grossense para os agronegócios, sendo atualmente o Estado um dos que mais se desenvolvem.
“O Plano Safra anunciado hoje é importante para o Mato Grosso do Sul, que tem a base no agro e uma comunidade extremamente vigorosa, que ajuda muito no desenvolvimento estadual. Esse plano é um dos instrumentos que fazem com que continuemos nessa trajetória de crescimento”, explica o governador Eduardo Riedel, que elogia a amplitude do plano.
Ao todo, foram anunciados R$ 479 bilhões em crédito para atender desde pequenos produtores, como agricultores familiares, indígenas e quilombolas, até os médio e grandes produtores. O volume de investimento é considerado robusto diante da atual situação do agronegócio.
“Vivemos um momento de juros alto, e nesse sentido fica difícil para o Governo Federal apresentar uma redução mais expressiva de juros. Esse é um limitador. Mas sem dúvida atende a uma necessidade, até pela quebra de safra que tivemos no Estado, com a compressão de preços que estamos vivendo. É muito importante esse recurso chegar”, frisa Riedel.
O governador também ainda conta que aproveitou a ida à Brasília para conversar com os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Alexandre Fávaro (Agricultura e Pecuária). “Discutimos uma séries de outras ações do Governo do Estado com o Governo Federal. Foi um dia produtivo aqui em Brasília”.
Agroindustrialização de MS
Entre os setores do agronegócio que se destacam atualmente em Mato Grosso do Sul, com o desenvolvimento de uma cadeia produtiva avançada, indo desde a atividade primária até as indústrias – o que agrega valor aos produtos que são exportados -, está a cadeia do papel e a celulose, a cadeia das carnes (bovina, suína, avícola) e a agricultura de grãos (etanol de milho, processamento de soja com óleos, farelo, derivados).
“A industrialização do agronegócio chegou ao Mato Grosso do Sul, e com isso trabalhamos a logística, que é a ponta da exportação. A gente tem muita expectativa também com a Rota Bioceânica, um novo caminho para as exportações dessa indústria que se formou no Estado”, comenta o governador sul-mato-grossense, completando o raciocínio.
“Esses pontos é que estamos discutindo, toda o instrumento de infraestrutura e logística, e aí falamos de rodovias, ferrovias, hidrovia, do parque de aeroportos que estamos estruturando, tudo para dar ao Estado essa condição competitiva para as indústrias que estão se formando. Estamos nesse caminho, sabendo que é um caminho sem retorno, e é extremamente importante para os sul-mato-grossense, por gerar oportunidades, crescimento para nossa gente”, conclui.
Plano Safra em MS
Até maio deste ano, Mato Grosso do Sul somou pouco mais de R$ 32 bilhões de recursos obtidos a partir do Plano Safra 2023/2024. Foram 48,64 mil contratos firmados, sendo 42,5 mil deles firmados com os produtores de médio e grande porte – somando R$ 31,58 bilhões.
Já outros 8,35 mil contratos foram de crédito para agricultura familiar, do Pronaf, chegando a R$ 435,47 milhões. Atualmente, 71 mil famílias estão inseridas na agricultura familiar em Mato Grosso do Sul. A importância dessa modalidade de produção se mostra no fornecimento de alimentos para a educação pública estadual: 40% advém dela.
Nyelder Rodrigues, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Chaves/Secom